sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O Dialeto dos Cardápios - Revista Época

Mais uma vez lendo matérias na internet achei esta bem interessante e resolvi compartilhar com os leitores.
Fonte e Imagens: Revista Época – Ed Globo. Clique AQUI e veja a reportagem original na internet.

A escolha do prato é uma das partes mais delicadas de uma refeição. A comida errada pode acabar com nosso estômago ou com nosso bolso. Talvez até com nosso bom humor. Para resolver essa questão no dia a dia, sempre usei duas abordagens. A primeira é minha intuição – que já errou feio várias vezes. A segunda é interrogar o garçom. “Qual prato sai mais?” e “O que você recomenda?” são as perguntas básicas. O garçom costuma errar menos que minha intuição, mas ainda assim não é uma solução certeira.  
 

Para o alívio de comensais aflitos como eu, o professor de linguística e ciência da computação da Universidade Stanford Daniel Jurafsky descobriu uma maneira de analisar cardápios pelo modo como são escritos. Para ele, apenas lendo o cardápio é possível saber se um restaurante cobra caro demais, se os ingredientes são de boa qualidade e até mesmo se o local é bom ou apenas tem pose.


Para chegar a essas conclusões, Jurafsky analisou 6.500 menus de restaurantes de todos os tipos. Ao todo, estudou 650 mil pratos. O resultado está no livro recém-lançado nos Estados Unidos The language of food: a linguist reads the menu (A linguagem da comida: um linguista lê o cardápio), sem previsão de lançamento no Brasil.

A primeira descoberta de Jurafsky diz respeito ao hábito que alguns restaurantes têm de mencionar a origem dos alimentos. Os locais mais caros citam, em média, 15 vezes mais a origem dos ingredientes que os restaurantes baratos. Antes de se impressionar com a trufa italiana ou com o queijo francês, é bom ter cuidado. “Muitas casas usam isso como estratégia para poder cobrar mais. Nem sempre a origem do produto é real”, diz Jurafsky.


Palavras em outros idiomas também revelam que sua conta sairá mais cara. “Antigamente, um restaurante considerado fino deveria trazer em seu cardápio palavras em francês”, diz. “Hoje, palavras em idiomas mais exóticos, como grego ou japonês, também assumiram esse papel.” É bom também prestar atenção quando o menu vier recheado de palavras grandes ou explicações sobre o modo de cozinhar o alimento. Usar termos como “deliciosamente”  ou descrever o modo como um ingrediente é preparado fará o valor de sua conta subir – e bastante! Segundo a pesquisa, são R$ 0,36 por cada letra a mais.




O cardápio também traz pistas sobre a qualidade da comida oferecida. O uso da palavra “fresco” é uma delas. Quando comemos em qualquer lugar, o mínimo que esperamos de um ingrediente é que ele não esteja passado ou estragado. O estudo mostrou que restaurantes realmente bons raramente usam essa palavra em seu menu. Neles, já está implícito que todos os ingredientes são frescos, não apenas os mencionados no cardápio.

Adjetivos demais também revelam algo sobre a qualidade da comida. Quanto mais características como “delicioso”, “saboroso”, “incrível” forem usadas para descrever um prato, maior deve ser a desconfiança. “Na ausência de elementos que realmente tragam valor ao prato, os restaurantes usam palavras positivas, que não dizem nada sobre o alimento”, diz Jurafsky.


Para comprovar se essas teorias fazem sentido, resolvi dar uma olhada em alguns cardápios de restaurantes reconhecidos. O restaurante Kaá, em São Paulo, menciona a marca da polenta e do espumante usados nos pratos. Também abusa de termos que poderiam ser facilmente escritos de  maneira mais simples. Uma salada é descrita como “bouquet de folhas”. A rúcula que acompanha um prato aparece no cardápio como “julienne de rúcula” e faz menção ao modo como o vegetal é cortado. O resultado de tanto rebuscamento linguístico aparece na conta. O preço mínimo que se paga numa refeição no Kaá é R$ 125. No site do D.O.M., um dos restaurantes mais caros e reconhecidos do mundo, há um mapa para o cliente localizar a origem dos ingredientes usados pelo chef Alex Atala. Uma refeição no D.O.M. não sai por menos de R$ 175 por pessoa.



Depois de conhecer a pesquisa de Jurafsky, não lerei cardápios da mesma maneira. Não pretendo abandonar minha intuição nem a opinião do garçom. Mas pensarei duas vezes quando ele me indicar comida “fresca” ou “deliciosa”. 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Coco e seus produtos - Coco ralado - Post II de II

Coco ralado é um ingrediente comumente usado na culinária brasileira. Pense na quantidade de doces típicos do Brasil que leva coco – ou que pelo menos, tem como opção a adição do coco -, existem muitos, mas muitos mesmo.
Segue abaixo duas imagens retiradas da Revista Menu Ed Jun/13.




Segue ainda um link do site "2nuts4spices.com" para uma receita de como fazer coco ralado em casa.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Coco e seus produtos - Post I de II.


Recentemente ganhei 3 revistas Menu (ano 2013), onde nelas constavam várias receitas que me interessaram, e também testes de produtos na coluna “testdrive”. Um deles do Coco ralado (Jun/13).
Curioso, resolvi ler mais um pouco e com isso surgiu estas duas postagens as quais compartilho com os leitores. A primeira sobre o coco e seus subprodutos e a segunda a matéria em si da revista.
Fonte: Wikipedia e eHowBrasil Imagens: Wikipedia/Google

O coco é uma fruta única por ser uma fonte rica de fibras e gorduras — sendo composto pela polpa e um líquido, conhecido como água-de-coco. Você pode comprar um coco inteiro e desfrutá-lo de várias maneiras diferentes ou pode experimentar a polpa seca ou desfiada. O coco contém um número de vitaminas e minerais em grandes quantidades, como a fibra; você certamente pode adicionar o coco na sua lista de compras como parte de uma dieta saudável.

Benefícios
Por ser rico em gordura, o coco é mais calórico do que a maioria das outras frutas. Tenha isso em mente ao planejar suas refeições e lanches para não ultrapassar suas calorias diárias. Uma xícara de coco ralado contém 283 calorias, 12 carboidratos e 26 g de gordura. Ele é rico em vitaminas, incluindo a vitamina C e folato, bem como sais minerais, como o potássio, ferro, magnésio e fósforo. Na verdade, um coco médio contém mais do que 30% da dose diária recomendada de magnésio.

Rico em fibras
O coco é muito rico em fibras, sendo que 1 xícara de polpa desfiada contém 7,2 g. O coco fornece uma quantidade significativa das 25 g diárias de fibra recomendadas pela Associação Americana do Coração. A fibra desempenha um papel importante na digestão, melhora as fezes e previne a constipação. Além disso, mantém níveis saudáveis ​​de colesterol e está ligada à diminuição do risco de doença cardíaca.
Todas as partes do coco, salvo talvez as raízes, são úteis e as árvores têm comparativamente um alto rendimento (até 75 cocos por ano); ele então possui significativo valor econômico. Os usos das várias peças da palma incluem:
- O branco, parte gorda da semente, é comestível (fresco) e usado (seco e dissecado) em culinária
- A cavidade é cheia de "água de coco" que contém os açúcares que são usados como uma bebida refrescante, e na composição da sobremesa gelatinosa nata de coco
- Leite de coco (que tem aproximadamente 17% de gordura) é feito processando o coco ralado com água quente que extrai o óleo e os compostos aromáticos
- Os botões da ponta de plantas adultas são comestíveis e são conhecidos como "cabaço de coco" (embora a colheita desta mate a árvore)
- O interior da ponta crescente é chamado coração-da-palma ou "palmito" e comido em saladas, chamadas às vezes "salada do milionário" (isto também mata a árvore)
- O resíduo que fica depois de preparar o óleo é usado como ração para animais
- O tronco fornece madeira para construção
- As folhas fornecem materiais para cestas e palha de telhado
- A casca e a fibra do coco podem ser usadas para combustível e são uma fonte boa do carvão de lenha
0 Servem ainda em artesanato no fabrico de jóias, utensílios domésticos, objetos decorativos entre outros
- Nos teatros, usavam-se metades de casca de coco que, batidas, davam o som de cascos de cavalo

- A fibra pode ainda ser usada para o fabrico de cordas e tapetes, para enchimento de estofos e para o cultivo de orquídeas e outras plantas

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Conserva de limões sicilianos e sal


Alguns segredos de temperos são importantes para você dar sabor aos seus pratos. O Chef Claude Troisgros, usa na receita de risoto de quinoa com cenoura e limão confit uma conserva caseira, que você pode preparar e manter na geladeira, para temperar seus pratos sempre que quiser. 
Testado e aprovado.

Assista ao vídeo e anote a receita:

 











Ingredientes:
12 limões sicilianos
1kg de sal

Modo de preparo:
Corte os limões em quatro e coloque em um pote de vidro. Cubra com sal, alternando camadas com o limão. Feche bem e sacuda.

Deixe na geladeira durante um mês, sacudindo bem a cada três dias, aproximadamente.

Para usar, retire o limão do sal, lave-o bem, retire a polpa e fatie somente a pele confitada.


Texto: Copiado integralmente do site.
Fotos: Arquivo Pessoal.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Pimentão assado na churrasqueira




Ingredientes
- Pimentão colorido
- tomate picado
- cebola roxa picada
- queijo ralado na hora
- palitos de dente

Como fazer
1) Corte a tampa do pimentão  com cuidado e retire as sementes
2) Rechear o pimentão com os tomates, cebola e queijo 
3) Fechar o pimentão utilizando os palitos
4) Assim que a casca do pimentão soltar está pronto.
5) Fatiar e Servir



Variação transversal
Ingredientes
- Pimentão colorido cortado na transversal
- tomate picado
- cebola roxa picada
- 1 ovo
- queijo em fatias
Como fazer
1) Corte pimentão  com cuidado e retire as sementes
2) Bater o ovo com os tomates  e a cebola 
3) Colocar a mistura no pimentão e cobrir com queijo
4) Assim que a casca do pimentão soltar está pronto.
5) Fatiar e Servir


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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Atum ao molho de maracujá - Post II de II



Ingredientes para o atum
- 1 peça de lombo de atum, para cortar em filé
- 1 colher de manteiga  (ou Manteiga de Garrafa ou azeite)
- 2 a 3 dentes de alho
- Sal e Pimenta do reino (moída na hora) a gosto


Como fazer
1) Amarrar os filés de atum – manter a forma
2) Espetar o alho no garfo e esfregar na manteiga derretida (saborizar)

3) Temperar um dos lados do atum com sal e pimenta.
4) Selar o lado com sal e pimenta para cima e depois virar
5) O atum deverá ficar rosado por dentro

Dica de Preparo
Não deixe o atum cozinhar demais, para que não fique ressecado. Retire do cozimento assim que a carne ganhar um tom opaco.O meu passou um pouco do ponto (foto).

Ingredientes para o molho
- polpa de um maracujá com um pouco de água
- 100 ml de mel
- 1 gema
- 200 ml de azeite

Como fazer
1) Misturar a polpa, o mel e água. Ferver até reduzir ¼. 

2) Peneirar para retira as sementes. Adicionar ¼ das sementes peneiradas de volta.
3) Adicionar a gema e o azeite. Cozinhar por mais 5 min.
4) Tirar do fogo a bater a mistura com fuet até ficar cremoso.
5) Servir por cima do atum.
- fiz um purê de batas para acompanhar e dar forma ao prato.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Atum - um pouco de tudo - curiosidades - Post I de II




Um pouco de História
Os peixes são usados na alimentação humana há pelo menos 380.000 anos, segundo registros arqueológicos de fósseis encontrados nas cavernas onde viviam nossos ancestrais pré-históricos.

Provavelmente, o atum estava presente entre essa fonte de proteína ancestral. Espécie migrante, o atum pode ser encontrado nas mais diversas águas do mundo: do Mediterrâneo ao Mar Negro, do Atlântico ao Pacífico, passando pelo Oceano Índico.

Na Grécia Antiga, já se usava conservar o atum em óleo de oliva ou salmoura. Seus sucessores romanos preferiam o peixe frescos e eram bastante exigentes na escolha: o bom atum tinha de vir de Bizâncio (atual Istambul) e ser pescado em épocas específicas do ano. 
Alguns séculos depois, os habitantes do sul da Sicília iniciaram a tradição de preparar grandes quantidades de atum em conserva, a forma mais popular de consumo até hoje no Ocidente. Como o atum só aparecia nas águas daquela região por um curto período de tempo, os sicilianos, a partir do século 5, começaram a cortar os peixes obtidos no período da pesca em pequenos pedaços e salgá-los para que se conservassem por mais tempo.
Esse método de conservação permitiu que o atum fosse levado a cidades longe do mar. No século 19, o desenvolvimento das técnicas para conservação de alimentos popularizou ainda mais o atum, tanto no continente europeu quanto no Novo Mundo.
Em relação ao atum fresco, seus maiores consumidores sempre foram os japoneses — tirando a pesca para a indústria de conservas, a maior parte do atum pescado no mundo é destinada ao Japão.


Neste país, os melhores exemplares do peixe podem atingir preços estratosféricos — o raro atum-azul, por exemplo, pode custar 40 mil dólares nos leilões do mercado de peixes de Tóquio.

Infelizmente, a pesca predatória e/ou ilegal está ameaçando a sobrevivência de várias espécies de atum: calcula-se que, nos últimos 30 anos, o estoque mundial de atum vermelho diminuiu em 90%.

Variedades
- O ATUM GORDO ou “toro” é obtido de espécies que desenvolvem uma gordura especial, e são as mais caras e valorizadas. É o raro atum-azul do Japão. A espécie gorda encontrada na costa brasileira é o BATI.
- ALBACORA é o atum avermelhado, usado para o preparo de sushis ou grelhado.
- O ATUM AMARELO é abundante em toda a costa do Brasil. Com grandes barbatanas amarelas, pode atingir 190 cm de comprimento. 
Como Escolher
O peixe fresco deve ter a superfície limpa e brilhante e a carne firme — ao ser pressionada com o dedo, a superfície não fica marcada.
O odor lembra o de algas ou de maresia. Um odor forte demais, principalmente lembrando o cheiro de amoníaco, indica que o peixe está se deteriorando.
Se o atum já estiver em postas, a carne deve ser firme e a cor brilhante.
Na hora de comprar atum em lata, verifique o estado da embalagem, se ela não está amassada e a data de validade do produto. 


Melhor Época do Ano
Normalmente, a melhor época para a pesca do atum vai de setembro à abril, mas o abastecimento do peixe no mercado brasileiro sofre variações o ano inteiro, devido a mudanças de condições climáticas, das marés ou do mercado internacional do produto

Principais Nutrientes
O atum é ótima fonte de proteína, ferro, magnésio, fósforo, sódio, selênio, niacina, vitamina B6, vitamina B12 e ácido graxo essencial ômega 3.

Na próxima postagem a receita de Atum ao molho de maracujá.